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Marcos Mantovani
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Telefônica, a lei de Murphy e a redundância


A Telefônica, a lei de Murphy e a redundância



Cabines da Telefônica em São Paulo, onde a empresa tem sua maior base no país


Pela segunda vez em menos de um ano, os serviços de banda larga da Telefônica sofreram uma parada dramática. Desta vez, a culpa é de um incêndio.  A pergunta que não quer calar: onde está a redundância?

Um dos jargões mais batidos de TI é disaster recovery.  Fale-se muito no assunto, e vende-se muito equipamento e serviço para empresas em nome da manutenção dos serviços no ar depois de desastres naturais ou não -  incêndios, inundações, terremotos, atentados terroristas  e por aí afora.

Já estive no data center da Telefônica em Alphaville uns anos atrás.  Tudo muito bem cuidado, com servidores potentes, salas hermeticamente fechadas, passagens controladas por sensores biométricos, uma segurança rigorosíssima que já começa no portão de entrada.

Com tudo isso, por que um sistema de redundância, instalado evidentemente em outro lugar,  não entrou no ar imediatamente, substituindo as instalações que tiveram que ser desplugadas para evitar um risco maior?

Crédito da foto: Wikipedia Commons

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

1:10:89

Do blog de Carlos Castilho no site Observatório da Imprensa:

Esta seqüência cabalística de números [aí no título do post] é a representação da lei de Horowitz, um engenheiro e executivo da Google, especialista em comportamentos dos usuários da Web.

Segundo Bradley Horowitz, de cada 100 internautas, um cria alguma coisa nova, mesmo que seja postar um comentário num blog; 10 recomendam a leitura para amigos ou votam em sondagens online; e 89 têm uma atitude passiva, limitado à leitura.

O comportamento das pessoas que freqüentam as páginas da Web é hoje uma das mais valorizadas áreas de estudo, porque ela está intimamente ligada à produção coletiva de informações e conhecimentos, a chamada crowdsourcing.

Assim, se uma página tem em média seis mil visitantes únicos por mês, isto significa que ele terá, em tese, 60 leitores que postam comentários, 600 usuários que opinam em enquetes ou sugerem leituras para amigos e 5.340 que apenas lêem.

Isto equivale a aproximadamente duas sugestões diárias de leitores envolvidos no processo de produção colaborativa de conteúdos. Parece pouco mas não é, levando-se em conta a produção colaborativa tende a propagar-se numa proporção variável entre 5 a 10% ao ano, dependendo do tema, conforme dados do livro Crowdsourcing.

O índice de participação desenvolvido por Horowitz está por sua vez subordinado à outra das leis criadas por pesquisadores da internet: a lei de Sturgeon, segundo a qual 90% do conteúdo da internet é lixo puro. Sturgeon era um escritor de ficção científica que desenvolveu o seu enunciado para ironizar a produção de livros de baixa qualidade.

Depois da morte de Theodore Sturgeon, a lei dos 90% foi transplantada para a internet onde encontrou a sua principal comprovação no site de vídeos You Tube.

Números como estes poderiam induzir a uma rejeição pura e simples do conteúdo publicado na Web se não levarmos em conta que o que é lixo para uma pessoa pode não ser para outra.

E se expandirmos esta ressalva para os quase 30 bilhões de páginas existentes na Web, veremos que cada usuário tem a seu dispor cerca de 300 milhões de documentos (10% do total) que podem interessá-lo pela sua qualidade e utilidade. É material que o internauta pode recombinar e remixar na produção de conhecimento próprio.

A combinação das duas leis mostra que, mesmo levando em conta os reduzidos percentuais de 1% de leitores proativos e de 10% de material de qualidade, estamos diante de números absolutos consideráveis que podem garantir a sustentabilidade de projetos online.

Uma página que tenha um total de 30 mil visitantes únicos por mês, poderia contar com 300 produtores de conteúdos e três mil avaliadores permanentes do material produzido. Trata-se de um potencial muito importante e que só não é transformado em realidade porque a maioria dos sites ainda não despertou para a necessidade de envolver os seus leitores tanto na co-produção de conteúdos, como na avaliação dos mesmos.
 
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