hit counter Blog do August: março 2009
Frases nos MSN de meus amigos
"Nunca fale a Deus que tem grande problema. Fale ao problema que tem um grande DEUS."
Marcos Mantovani
Me seguir no Twitter para se tornar um SAB.

sexta-feira, 27 de março de 2009

A pobreza da riqueza

A pobreza da riqueza


Por Cristóvam Buarque

"Em nenhum outro país os ricos demonstram mais ostentação que no Brasil. Apesar disso, os brasileiros ricos são pobres. São pobres porque compram sofisticados automóveis importados, com todos os exagerados equipamentos da modernidade, mas ficam horas engarrafados ao lado dos ônibus de subúrbio. E, às vezes, são assaltados, seqüestrados ou mortos nos sinais de trânsito. Presenteiam belos carros a seus filhos e não voltam a dormir tranqüilos enquanto eles não chegam em casa. Pagam fortunas para construir modernas mansões, desenhadas por arquitetos de renome, e são obrigados a escondê-las atrás de muralhas, como se vivessem nos tempos dos castelos medievais, dependendo de guardas que se revezam em turnos.

Os ricos brasileiros usufruem privadamente tudo o que a riqueza lhes oferece, mas vivem encalacrados na pobreza social. Na sexta-feira, saem de noite para jantar em restaurantes tão caros que os ricos da Europa não conseguiriam freqüentar, mas perdem o apetite diante da pobreza que ali por perto arregala os olhos pedindo um pouco de pão; ou são obrigados a restaurantes fechados, cercados e protegidos por policiais privados. Quando terminam de comer escondidos, são obrigados a tomar o carro à porta, trazido por um manobrista, sem o prazer de caminhar pela rua, ir a um cinema ou teatro, depois continuar até um bar para conversar sobre o que viram. Mesmo assim, não é raro que o pobre rico seja assaltado antes de terminar o jantar, ou depois, na estrada a caminho de casa. Felizmente isso nem sempre acontece, mas certamente, a viagem é um susto durante todo o caminho. E, às vezes, o sobressalto continua, mesmo dentro de casa.

Os ricos brasileiros são pobres de tanto medo. Por mais riquezas que acumulem no presente, são pobres na falta de segurança para usufruir o patrimônio no futuro. E vivem no susto permanente diante das incertezas em que os filhos crescerão. Os ricos brasileiros continuam pobres de tanto gastar dinheiro apenas para corrigir os desacertos criados pela desigualdade que suas riquezas provocam: em insegurança e ineficiência.

No lugar de usufruir tudo aquilo com que gastam, uma parte considerável do dinheiro nada adquire, serve apenas para evitar perdas. Por causa da pobreza ao redor, os brasileiros ricos vivem um paradoxo: para ficarem mais ricos têm de perder dinheiro, gastando cada vez mais apenas para se proteger da realidade hostil e ineficiente.

Quando viajam ao exterior, os ricos sabem que no hotel onde se hospedarão serão vistos como assassinos de crianças na Candelária, destruidores da Floresta Amazônica, usurpadores da maior concentração de renda do planeta, portadores de malária, de dengue e de verminoses. São ricos empobrecidos pela vergonha que sentem ao serem vistos pelos olhos estrangeiros.

Na verdade, a maior pobreza dos ricos brasileiros está na incapacidade de verem a riqueza que há nos pobres. Foi esta pobreza de visão que impediu os ricos brasileiros de perceberem, cem anos atrás, a riqueza que havia nos braços dos escravos libertos se lhes fosse dado direito de trabalhar a imensa quantidade de terra ociosa de que o país dispunha. Se tivesse percebido essa riqueza e libertado a terra junto com os escravos, os ricos brasileiros teriam abolido a pobreza que os acompanha ao longo de mais de um século. Se os latifúndios tivessem sido colocados à disposição dos braços dos ex-escravos, a riqueza criada teria chegado aos ricos de hoje, que viveriam em cidades sem o peso da imigração descontrolada e com uma população sem miséria.

A pobreza de visão dos ricos impediu também de verem a riqueza que há na cabeça de um povo educado. Ao longo de toda a nossa história, os nossos ricos abandonaram a educação do povo, desviaram os recursos para criar a riqueza que seria só deles, e ficaram pobres: contratam trabalhadores com baixa produtividade, investem em modernos equipamentos e não encontram quem os saiba manejar, vivem rodeados de compatriotas que não sabem ler o mundo ao redor, não sabem mudar o mundo, não sabem construir um novo país que beneficie a todos. Muito mais ricos seriam os ricos se vivessem em uma sociedade onde todos fossem educados.

Para poderem usar os seus caros automóveis, os ricos construíram viadutos com dinheiro de colocar água e esgoto nas cidades, achando que, ao comprar água mineral, se protegiam das doenças dos pobres. Esqueceram-se de que precisam desses pobres e não podem contar com eles todos os dias e com toda saúde, porque eles (os pobres) vivem sem água e sem esgoto. Montam modernos hospitais, mas tem dificuldades em evitar infecções porque os pobres trazem de casa os germes que os contaminam. Com a pobreza de achar que poderiam ficar ricos sozinhos, construíram um país doente e vivem no meio da doença.

Há um grave quadro de pobreza entre os ricos brasileiros. E esta pobreza é tão grave que a maior parte deles não percebe. Por isso a pobreza de espírito tem sido o maior inspirador das decisões governamentais das pobres ricas elites brasileiras.

Se percebessem a riqueza potencial que há nos braços e nos cérebros dos pobres, os ricos brasileiros poderiam reorientar o modelo de desenvolvimento em direção aos interesses de nossas massas populares. Liberariam a terra para os trabalhadores rurais, realizariam um programa de construção de casas e implantação de redes de água e esgoto, contratariam centenas de milhares de professores e colocariam o povo para produzir para o próprio povo. Esta seria uma decisão que enriqueceria o Brasil inteiro - os pobres que sairiam da pobreza e os ricos que sairiam da vergonha, da insegurança e da insensatez.

Mas isso é esperar demais. Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas".

terça-feira, 24 de março de 2009

Michel Temer poderá ser o próximo presidente do Brasil


O atual presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer poderá ser o próximo presidente do Brasil.

Em 2010 ocorrerá eleições para a Presidência da República, Senadores, Deputados Federais e Governadores. É possível que o Presidente Lula, que não poderá concorrer a reeleição, se desligue do atual cargo para candidatar-se a outra opção, talvez de Senador da República.

Dessa forma, o atual vice-presidente, José Alencar, assumiria a presidência até o final do mandato, ou seja, Dez/2010. Porém, estamos acompanhando a luta de Alencar contra um câncer em vários de seus órgãos.

Não estamos aqui prevendo o falecimento de Alencar nos próximos meses. Pelo contrário, o empresário e vice-presidente da República do Brasil já no segundo mandato, há mais de onze anos consegue sucessivas vitórias contra este mal. A sua última cirurgia, ocorrida em janeiro/2009, foi considerada uma das mais longas e complexas realizadas pela medicina brasileira.

Mesmo assim, cerca de um mês após passar por esse momento tão difícil, o homem, praticamente um herói, já estava recuperado, de volta a sua rotina de trabalho, algo até desnecessário para um homem na sua idade, empresário bem sucedido, e com uma reputação digna.

De qualquer forma sabemos que sua rotina de tratamentos pode inviabilizar que assuma o poder, caso o Presidente Lula decida de desincompatibilizar para concorrer a outro cargo eletivo. Neste caso, a Presidência da República cairá no colo do atual presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer.

Menos mal, pois, sabemos também que poderia cair novamente pra José Sarney.

Mas, parece que o Michel Temer pode está no lugar certo, na hora certa.

Já vi isso acontecer com o próprio Sarney e aqui na Bahia com o César Borges. Pessoas que acabaram tendo mais projeção do que eles mesmos poderiam esperar.

Essa oportunidade, se confirmada para Temer, pode provocar também uma elevação na carreira do Deputado. Por essa, nem Mãe Dinah previu!!!!

domingo, 1 de março de 2009

Foto de possível invasão de sinal vermelho



Fui notificado pela Transalvador, antiga SET, pela infração de cruzar a faixa de pedestre no sinal vermelho.

Observem a foto e as quatro considerações que alegarei em minha defesa.

Vocês concordam com a multa? Ou também acham que a infração não está caracterizada pela imagem?




Ao meu ver, os equívocos da infração são:

1) Distância do meu carro para a faixa de pedestres, o que prova que meu carro está posicionado após a faixa no momento do registro. Conclusão o sinal mudou de amarelo para vermelho após eu já ter cruzado a faixa;
2) Pedestre aguardando o sinal vermelho para a travessia;
3) Inexistência de veículos parados no sinal vermelho;
4) Ocorrência registrada em 30/jan/2009, mais de oito meses após a última aferição do fotosensor, realizada em 23/mai/2008.



 
BlogBlogs.Com.Br